Entrevista @ Dj Velhinho

Carlos Guimarães (Dj Velhinho)


Nascido e residente em Braga, Dj Velhinho é apaixonado por música, paixão essa que o leva a um estilo em particular...a música electrónica. Em 2000 investe numa carreira de Dj, e torna-se determinante pela sua evolução, tanto a nível musical como no Djing.


Passou por casas como Serradura(Braga), Braga`s(Braga), BBar(Braga), MyróBar(Vila Nova de Cerveira), Swing Crash(Povoa de Lanhoso), Via Rio(Prado), Burburinho(Ofir), Play(Braga), Danças(Famalicão), Flash(Braga), Plastic(Póvoa de Varzim), Café del Rio(Viana do Castelo) Três Pês(Braga), Dança no Castelo(Viana do Castelo), Terrace Café(Viana do Castelo) e Garden Café(Barcelos).


Ao ouvi-lo, em qualquer um dos seus sets percebemos à primeira que gosta de surpreender e de sentir o reconhecimento do público. Por outras palavras, Dj Velhinho respira música.

            
Caracterizado pelo gosto musical em sonoridades como o House, o Techhouse e o Minimal, trabalha notoriamente pela prova da sua evolução e pelo crescimento exponencial que tem conseguido como dj, fruto da dedicação e consciência de que ainda muito há para aprender e fazer na sua curta carreira.

 


Fala-me das tuas ambições no mundo da música?
Tudo começa pelo gosto de dançar, mas só isso acabou por tornar-se um pouco limitado. A minha grande paixão pela música dizia-me que queria mais. Torna-se então um hobby “brincar” com os discos e depois surge a oportunidade de “passar” uns discos para o público e eu próprio sentir as batidas dentro de uma cabine.

 

Tens um estilo musical definido ou varias consoante o público?
Tento estar sempre actualizado no mundo da música. Gosto de sair para ouvir boa música, mas também acabo por ser um observador atento da casa e do público. Acredito que isso me ajuda a fazer um melhor trabalho enquanto dj.

 

Há algum “club” ou festa que te tenha marcado mais? Qual e porquê?
Não posso deixar de fazer referência ao “Serra Dura”, que foi o local onde me iniciei, e onde pude mostrar parte do meu trabalho. Tenho boas recordações de todas as cabines por onde passei, mas o “Serra Dura” será sempre uma casa especial.
Falando como “cliente” ou como fazendo parte do público, de todos os clubs a minha preferência aponta para o Lux. Como festivais destaco o Anti-Pop/Neo-Pop onde tive a possibilidade de poder ouvir Djs que na minha opinião são os melhores da actualidade, e que acabam por ser uma referência para mim.


Já que falas nisso, quais as tuas referências musicais?
Se falarmos em nomes essas referências são sem dúvida: Richie Hawtin-Magda-Paul Kalkrebrenner-Marco Carola-Gui Boratto-Tiefschwarz-M.a.n.d.y.-Booka Shade-Gabriel Ananda-Carl Craig-Luciano-Guy Gerber-Anja Schneider-Ricardo Villalobos-Alex Under-Justice-Ellen Allien-Paul Ritch-Rui Vargas.

 

Define o que significa para ti a palavra “música”...
A música do nosso tempo é aquela que eu respiro. Neste ponto tenho uma filosofia um tanto ao quanto dogmática, pois vejo a música electrónica como um universo infindável de possibilidades.
Há vertentes suficientes para todos os gostos e estados de espírito.


O que achas que faz a diferença num dj?
Todos os djs que mencionei como sendo referências musicais têm precisamente as características que na minha opinião marcam a diferença, quer nas suas vertentes musicais, quer na postura com que se apresentam numa cabine. Um dj faz a diferença não só pela técnica e bom gosto musical, mas também pela empatia que consegue criar com o público.


Qual o público que mais te cativa?
Com muitos amigos e com um público em geral que me surpreenda, com pulsações inquietas, olhos que brilhem, gestos elegantes, ombros relaxados, músculos aquecidos, música no sangue e diabo no corpo.

Marisa Martins

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